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FORMAÇÃO DO PROFESSOR
FORMAÇÃO DO PROFESSOR

 

29-01-2013

 

           O conceito de docência saiu de um posicionamento retrógrado e assumiu uma postura relevante. O que antes era privilégio dos que possuíam o dom da retórica, hoje mais adeptos estão engressando nessa área sem preencher tantos requesitos outrora exigidos.

           No contexto histórico de vários povos os valores atribuídos à docência ganhavam aspectos reverentes:                                                           

“No Egito Antigo o ofício de professor estava ligado ao uso do discurso; falar bem consistia o conteúdo e o objetivo do ensino. A educação assumia a missão de preparar os dirigentes para virem a serem os futuros membros dos conselhos constituídos pelos nobres: esse trabalho era realizado por prisioneiros, na condição de escravos, para escapar da morte”. (ROMANOWSKI, 2003, p.11).

          Nesse patamar histórico são atribuídas características para os docentes, onde apenas os que possuíam uma linguagem diferenciada podiam fazer uso dessa linguagem em prol da defesa de suas próprias vidas.

          Já na sociedade ateniense, não havendo meios de se ministrar uma educação que favorecesse liberdade individual de pensamento e de êxito pessoal, denomina-se a partir daí, uma nova classe de educadores. Os sofistas, que vieram suprir as necessidades de uma sociedade que reivindicava melhor qualidade de ensino.

           Professores ambulantes que percorriam as grandes cidades ensinando ciências, artes e principalmente a histórica, em troca de grande contribuição financeira.

Os sofistas acentuavam de forma exagerada o valor da individualidade.   Nas palavras de Protágoras, um dos maiores sofistas: “O homem é a medida de todas as coisas”. (PILETTE,1995, p.62).

           Nessa visão, o homem se constituía em tal nível de individualismo, que ficava acima do contexto social permitido.

           Na Idade Média a educação ganhara um caráter religioso, onde os mestres eram os chefes religiosos. Nesse período aconteceram reformas religiosas que deram um impacto muito importante no desenvolvimento educacional, cabendo-se ressaltar a Contra-Reforma que provocou o surgimento de novas ordens religiosas e com elas surgiram uma nova classe de educadores, os Jesuítas. A missão desses seguidores religiosos nada mais era do que propagar o catolicismo.

          Segundo Paul Monroe a educação jesuítica destacou-se em alguns pontos: “A preparação dos professores e dos métodos de ensino segundo ele foram os principais fatores de sucesso da educação jesuítica”. (PILETTE, 1995, p.107). 

           No século XVII, com o impacto da Revolução Francesa a educação ganhou papel diferenciado, passando de caráter rudimentar para um de destaque, sendo vista a partir daí, como instituição reconhecida pelo Estado.

            Em virtude da preocupação de formar cidadãos, concretiza-se a idéia de transformação de uma vida leiga atuante, para uma profissional reconhecida, com a criação de escolas para formação de professores leigos.

           A educação ganhava uma ênfase ainda maior a partir da Revolução Industrial, quando toda sociedade passou a requerer direitos comuns em relação à educação, surgindo daí a necessidade de aumentar o quadro de profissionais da educação.

          “No Brasil, a primeira escola normal criada foi a da Província do Rio de Janeiro, em 1835. No entanto, a preocupação com a seleção de professores para atuar nas escolas públicas foi anterior. Em 1772, um alvará regulamentou os exames a que deveriam ser submetidos os professores de ensino, elementar em Portugal e em seus domínios”.(ROMANOWSKI, 2003, p,13).

            A partir da instituição da primeira escola no Brasil, várias outras foram sendo desenvolvidas em todas as províncias. Esta escola de formação docente sempre visava seus objetivos nas exigências das escolas primárias.

           Como afirma Tanur era um curso rudimentar: “Não ultrapassando o nível primário e o conteúdo dos estudos primários... de caráter essencialmente prescritivo.” (ROMANOWSKI, 2003, p.13)

            As escolas normais de formação docente decaíram, em virtude disso os serviços desses profissionais que passassem por essas escolas não eram tão valorizados, daí outra forma de formação docente surgiu, professores adjuntos. Eram nomeados de acordo a influência desenvolvida na sociedade.     Estes professores habituavam-se à rotina diária de professores experientes, em virtude da realização de suas próprias formações, e posteriormente suas inclusões na vida docente.

           Sabe-se, que algum tempo depois alguns intelectuais, como Rui Barbosa, Cunha Leitão e Almeida de Oliveira, reavaliaram todo o contexto das escolas normais e consolidaram a partir daí a idéia de que todos os professores dependeriam de uma boa formação, e para isso a valorização das escolas normais seria o primeiro passo.

            O conceito de escola já no século XX ganhara uma definição de propagadora do conhecimento, e as suas bases consolidadas na sociedade. Houve daí, vários manifestos em prol da integração e valorização de escolas, onde a amplitude dos conhecimentos eram organizados em benefício do bem estar social. Com este pensamento voltado para a integração de escolas, outro conceito precisaria desenvolver-se: a formação dos professores. Com essa reavaliação, várias reformas foram consolidadas. A repercussão da profissão docente com estas reformas adquiriu um destaque considerável.